sexta-feira, 28 de agosto de 2009

É Bonito ser Feio!

Por Conrado Malaquias

Ah, os churrascos universitários! Grandes amigos destes blogueiros, já nos proporcionaram histórias engraçadas e bizarras. Mais uma vez, a matéria-prima para um post veio de um deles: O infame Vaca Louca, promovido pelo curso de direito da Universidade de Brasília.

Em tal evento, Leonardo Zelig se atracou, com diferença de minutos, com a mulher mais feia e a mulher mais gorda de sua vida (como ele mesmo julgou). Sucesso! E eu, se não cheguei a tanto, digamos que não estive com modelos aquele dia...

Quando relatamos os acontecimentos para amigos e chegados, obtivemos reações variadas: “ahahaha, é isso aí, churrasco é pra isso mesmo!”, “boto fé, as gordinhas também merecem amor!” até o outro extremo, “afff, tenho pena de vocês”, “nunca precisei disso, as mulheres chegam em mim”.

Este é um assunto que rende. Podemos começar nos justificando, dizendo que nossa embriaguez retardou nossa capacidade de escolha. Mas não, essa não é a intenção. Estávamos shit-faced drunk? Sim. Demos vexame? Sim. Lidamos com mulheres que a maioria de vocês não chegaria nem pra salvar a própria mãe da morte? Sim, fizemos tudo isso. Estamos aqui para encarar a questão e não fugir dela com desculpinhas pra lá de manjadas.

Poderíamos aqui também, discutir a subjetividade da beleza. “Quem ama o feio, bonito lhe parece” and all that crap! O que, apesar de ser uma discussão relevante, creio não caber neste caso, pois, sabíamos que as mulheres com quem nos relacionamos aquele dia, não eram exatamente bonitas ou possuíam os padrões de beleza geralmente requeridos...

E quem disse que para elas NÓS éramos bonitos? Aí é que está. Podemos não encontrar Brad Pitts e Angelinas Jolies todos os dias, mas certas festas, certas ocasiões nos apresentam um clima (ou seria apenas o álcool?) que nos fazem querer pegar as Helena Bonham Carters da vida. Ou em outras palavras, transformam patinhos feios em pessoas momentaneamente atraentes.

E não deveria haver arrependimento por algo feito no calor do momento, pois somos jovens e é isso que fazemos, trabalhamos com a inconseqüência. E afinal de contas, não estamos machucando ou fazendo mal a ninguém não é mesmo? Pelo contrário, como cantaram maravilhosamente bem Roland Orzabal e Curt Smith, quando agarramos uma gordinha ou quando elas agarram um “tosquinho” e aquele beijo acontece, com toda a paixão e comprometimento possível de se beijar um completo estranho, estamos sowing the seeds of Love!

Chegamos ao final do post, e a mensagem que eu espero que tenha chegado a vocês, meninos e meninas, é que não calculem demais suas ações. Compareçam ás festas promíscuas de corpo, alma e coração, encham a cara e ofereçam uma chance pelo menos para os Adrian Brodys, ou os esquisitinhos interessantes, como preferirem.

Caso no fim das contas a experiência não for satisfatória, garanto que vai render pelo menos uma bela história para compartilhar com os amigos. Pois lembrem: se a cerveja, responsável por tantos arrependimentos e ressacas literais e morais, nos ensinou alguma coisa de positivo, é que redondo é rir da vida!

13 comentários:

  1. Acho engraçado mudar o nome de "bebedeira inconsequente" para juventude. Desculpa discordar, mas dizer que: E não deveria haver arrependimento por algo feito no calor do momento, pois somos jovens e é isso que fazemos, trabalhamos com a inconseqüência. E afinal de contas, não estamos machucando ou fazendo mal a ninguém não é mesmo?

    Bem, inconsequente vc pode ser aos 20 e aos 40, entao xá quieto que é melhor. Agora me dizer que por ser jovem eu trabalho com a inconsequencia e que nao estou machucando ningm ou fazendo mal??? Peraí, estamos falando da mesma palavra? Pq é por conta dessa inconsequencia que pessoas são violentadas (sexualmente ou fisicamente)nesses churrascos universitários, por conta dessa inconsequencia pessoas matam outras no transito... Enfim, escolher melhor o repertório vocabular ajuda de vez em quando, viu!?

    Sou jovem, mas não sou inconsequente e nem por isso deixo de beber e ter muita história engraçada pra contar!

    ;)

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  2. Babi Freitas - Vamos com calma, com muita calma.

    Primeiramente, não precisa pedir desculpa por discordar, pois eu vou discordar totalmente do seu comentário e não vou me desculpar hehehe!Todo mundo é livre para comentar o que quiser neste espaço certo?

    Veja bem, quando eu falo em inconsequência, eu falo de uma situação bem específica que ocorreu conosco neste dia que eu acredito que esteja bem descrita no texto. Nem me passou pela cabeça violência de algum tipo, e nem nunca passará, pois os membros deste blog amam até demais as mulheres para cometer algum ato que seja minimamente parecido com algo violento!

    Obrigado pela dica sobre o repertório vocabular. Permita-me retribuir o favor: Duas coisas que ajudam de vez em quando também, aliás, ajudam sempre, são ler o texto completo e não simplesmente PESCAR palavras aleatórias e também ler o texto uma segunda vez para melhorar o entendimento do mesmo. Você vai ver como sua interpretação de texto vai melhorar horrores!

    Resumindo, violência sexual,física e pessoas morrendo no trânsito?? Desculpa, mas você viajou legal!

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  3. Se ferrando - "Resumindo, violência sexual,física e pessoas morrendo no trânsito?? Desculpa, mas você viajou legal!"

    Eu li todo o textinho, entendi em qual contexto se inseria a tal "inconsequência", mas veja bem que a internet é um "veículo" de idéias livre e amplo, que atinge milhões de pessoas. Logo, dizer, mesmo que com a situação representada aí, que os jovens TRABALHAM COM A INCONSEQUÊNCIA é sim incluir nesse balaio violência seja ela qual for, afinal trabalhamos com inconsequência!

    Adorei o fato dos caros blogueiros insinuarem que eu, leitora assídua de inúmeros outros blogs e blogueira tb, não li o texto td ou melhor não entendi hahaha

    Queridos, fui apontar um termo que pra mim foi totalmente mal empregado no texto de vcs. A tal palavra usada na mesma frase com a palavra "jovem" nos remete a valores e clichês antigos de péssimo gosto. É só olhar no Houaiss, 3a acepção:
    Inconsequência
    3. falta de reflexão ou de responsabilidade; irresponsabilidade, leviandade, imponderação.

    Achei a escolha da palavra uma péssima escolha. Me lembra aquele lema ridículo de sexo, drogas e rock 'n'roll... Sabe? Aquela coisa Cazuza way of life.

    Aliás, como comentário final, dizer que os jovens são inconsequentes (de boa ou não) é so last season...

    ;)

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  4. É o seguinte, achei de certa forma interessante o relato do tal churrasco, a bebedeira, os micos e tudo isso pela voz de vocês...

    Mas achei também um tanto quanto contraditório a negação do clichê "fiz porque estava bêbado" e deixar passar um clichê maior ainda "somos jovens e é isso que fazemos".

    Concorado portanto, com a minha cara Bárbara não porque é minha companheira de blog e da vida, mas porque de fato ela apresentou ao autor do post o que eu também percebi com clareza assim que acabei de ler o texto: sua contradição.

    Uma escolha "inconseqüente" de palavras?Talvez.

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  5. Olha gente, eu acabei de ler o texto e não vi nenhum dos "pecados" que as meninas acima encontraram...

    Porém, como cada leitor tem sua interpretação e se de fato existirem clichês e contradições no texto, qual o problema?? Isso só traz mais humanidade e sinceridade a um já delicioso relato! Pois afinal de conta quem de nós pode dizer que nunca tomou uma atitude contraditória, não é mesmo!?

    Continuem o bom trabalho meninos, sou fã de vocês!

    Ana

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  6. Blogueiras C,T&B,

    Mais uma vez respeitamos a opinião feminina e gostamos sim da polemica gerada pelos nossos posts. Creio que o que ocorreu foi uma má interpretação das palavras proferidas pelo nosso amigo Conrado Malaquias. Quando ele se referiu à inconsequencia, foi em relação às macaquices que pessoas alcoolizadas praticam em churrascos da UnB.
    Somos jovens e temos que gastar nossa energia com responsabilidade sempre. Proferir cantadas bem humoradas nao eh nenhum crime, pessoas!
    Até mais
    Leonardo Zelig

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  7. Bom, nao pensei tão longe qto Babi e Ivy ao ler a palavra "inconsequente". Porém axo equivocado axar que a juventude justifica qualquer merda que fazemos na vida. Nao no caso de pegar mulheres feias ou caras toscos, claro. Mas se vc prega que na juventude podemos fazer o q kisermos, isso pode desencadear uma série de ocorrências sérias. Somos jovens, gostamos de experimentar e despirocar, sim. Mas não é por isso que não temos que ter responsabilidade com nossa vida e principalmente com a vida dakeles que convivem conosco.

    E hey, soh mudando um poko de foco, eu vi vc com uma menina bem boninitinha sim, nesse dia! hehehehe

    bjus

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  8. Passei longe de acusar alguém de algum "pecado". Viva a discussão e às vezes, por que não, os clichês. Eis este espaço para os leitores deixarem suas impressões, que por sinal irão divergir, e olha só que legal: nem sempre serão positivas. C'est la vie.

    Saudações amigáveis sempres do CT&B.

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  9. Deixe as pessoas se divertirem, serem incossequentes, e tudo mais que fazem as pessoas felizes! Porque a paquera é muito mais que pegar mulheres bonitas ou modelos, é estar feliz no momento, seja ele embriagado ou não!

    Passar bem!

    Obs.: Tá um bate e assopra aqui nesses posts, em?! Quanto desrespeito! Sim à liberdade de expressão!

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  10. Olá! Meu nome é Jalim. Sou poeta nos momentos de ócio residual e crítico de blogs em meu horário de almoço.
    Analisando essa importante discussão terminológica - e por que não axiológica?(!) - percebo pontos positivos na fala de ambos os lados. Contudo, vejo uma certa ignorância quanto ao caráter semiótico da linguagem. Não sei se esse nome lhes é familiar, Algirdas Greimas, um famoso linguista russo e filósofo da linguagem, mas podemos aplicar sua teoria ao debate em questão. Creio que vocês dois desconheçam a raiz latina do vernáculo que é objeto da discussão. Consequentia (itálico) - não teria a audácia de traduzir com precisão, pois o contexto pode alterar seu significado. Pode significar desde alcance à conclusão, resposta. Uma orgia dionísica da linguagem.
    Do texto em discussão, meus caros jovens, extraí-se : "somos jovens e é isso que fazemos, trabalhamos com a inconseqüência". De início, pesso para que se adequem à reforma ortográfica. Valorizem sua língua. Voltando. A inconsequência, nesse contexto de intensa informalidade, me parece se aproximar da roupagem "conclusão". Um ato inconsequente seria aquele em que a conclusão não é o objetivo da ação, mas um resultado possível e indeterminado. Exemplificando: disparar um projétil para o alto. A aplicação das leis de newton apesar de razoável não é considerada, sendo o resultado morte algo possível mas não objetivado.Creio que tal definição se adeque ao contexto em que o jovem escritor , se referindo aos jovens, quis afirmar que os jovens, por sua injustificada falta de maturidade e excesso de impulsividade, abre mão de um objetivo em prol de uma ação "por si só". A inconsequeência não seria "falta de juízo" ou irreverência, mas um enfoque na ação em prejuízo do resultado. Concordo com o jovem, quando sugere uma reflexão sobre o excesso de ponderações sobre as ações. Parabéns pela iniciativa do blog, não é fácil achar graça das próprias cicatrizes. Encerro com um célebre poema meu(procurem no google, Jalim Mouhammad Rabei, vulgo Jalim Rabei) : Quem pensa muito antes de agir, acaba comendo churrasco e sem uma potranca para despir".

    Um forte abraço,

    Jalim

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  11. Ombudsman.

    Jalim, você é um idiota. Quantos erros medonhos pude presenciar em seu texto de imensa verborragia. Termino esse post com um poema : Olho, Molho, Caolho, Jalim cheire meu trambolho!

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  12. se vc nao e princesa nao procure um principe...

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