Dependendo da época, cultura, religião, etc, podemos encontrar significados diversos para céu e inferno.
Para o Espiritismo “são estados de consciência”, onde “cada um tira de si mesmo o princípio de sua felicidade ou de sua desgraça”. Para os católicos, o céu “é o lugar da eterna felicidade onde habitam os justos junto de Deus” e o inferno é o lugar daqueles que se afastaram de Deus através do pecado. Para o Judaísmo, o céu - também conhecido como Jardim do Éden - é para onde vão as almas para desfrutarem dos “raios da Divina Presença”, um deleite puramente espiritual dependente do estudo de Torá e atos de bondade feitos quando elas se encontravam no corpo. O inferno seria um estágio pelo qual essas mesmas almas passam para serem purificadas.
Já para o Conradismo esses conceitos são mais simples: Céu – íntima interação com uma bela moça de barriguinha de fora e lindo sorriso. Inferno – íntima interação com uma gorda do buço suado e usando camiseta de algum deputado distrital. Com diferença de poucas horas, visitei os 2 lugares em uma das últimas baladas de 2009.
Sim, estive no céu por alguns instantes. Modéstia a parte, foi um dos meus melhores desempenhos em termos de papo, e a menina, daquelas que você não acredita que está beijando, um dos meus maiores prêmios em minha humilde carreira de pegação. Trocamos telefones, saliva e tá tudo muito bom, tudo muito bem.
Porém, repentinamente, as coisas começaram a ficar estranhas. Ela me pede licença para ir ao banheiro e aproveito para retornar aos meus amigos e me gabar sobre a recente conquista. Estamos lá bebendo, circulando pela festa, quando algum tempo depois a reencontro. “E aí, gatiiiiinha!?”, avanço com todo amor para dar...e ela recua. “Opa, como assim!?” me pergunto enquanto sua rodinha de amigas apressadamente vai para outro local. “Caramba...será que eu to cagado!?”, continuo a me questionar, incrédulo com a situação.
Sem entender porra nenhuma, encontro com uma das amigas da menina posteriormente na festa, que me conta que ela ainda estava meio abalada devido a um recente término de namoro em que supostamente foi chifrada em público pelo namorado. Bêbado, não botando nenhuma fé nessa história e achando que eu devo beijar mal demais, assumo uma postura “foda-se o mundo” e decido enfiar o pé na jaca de vez.
Bebo, bebo, digo, faço bobagens e bebo mais. Cambaleante, encontro meus amigos em uma animada conversa com 3 moças e já chego chegando. Leonardo Zelig, com uma cara de “porra, vamo embora!”, conversava com ela...2x4 de altura, suada em orifícios em que eu não pensava ser possível suar, camiseta pedindo voto para algum deputado distrital e um nome muito escroto que, surpreendentemente, não me recordo agora. Digo surpreendente porque a proposta da louca era: “Faço de tudo pra quem acertar meu nome!”
Depois de todos terem de propósito gritado nomes absurdos para não passarem nem perto de um acerto, é claro que este que vos fala, se achando um smart guy, pergunta para uma das amigas o tal nome e ganha o infame concurso. Afortunadamente, ela não cumpre a promessa de ‘fazer de tudo’ e a coisa toda fica em um...argh, beijo!
Até hoje quando estou sozinho sem fazer nada me pego pensando nesses acontecimentos e me pergunto: “Porque pai...porque!?”
Nós realmente não sabemos o que fazemos!