domingo, 22 de fevereiro de 2009

IT’S THE TCHAN!


By Leonardo Zelig
(Edição: Conrado Malaquias)


Carnaval e Brasília são duas coisas que não combinam.Ruas vazias, estabelecimentos fechados e pessoas mortas são muito característicos da época na capital.Pois bem, após um inicio de noite promissor com meus amigos em um bar em Brasília que simula as condições da Lapa, veja bem – simula - fomos convidados a nos retirar do estabelecimento lá pelas 23 horas, pois o bar seria dedetizado...
...
Fomos às compras! Schin Laranja(não tinha Fanta) e Smirnoff...O destino final seria o show do “É o tchan”que estaria ocorrendo na Esplanada dos Ministérios!

Já devidamente calibrados, eu e Conrado Malaquias deixamos Denilson Mclovin com nossos outros amigos e saímos a procura das vítimas. Era um mar de gente!Mulheres de todos os tipos, raças e credos...Nunca vi tanta variedade! Um verdadeiro estudo antropológico sobre o povo brasileiro.
Após rodarmos por um longo tempo, avistamos um grupo de mulheres de seus 20 e poucos anos dançando de forma provocativa e se divertindo. Eram as garotas certas!
Foi então que decidimos utilizar o tradicional, porém infame, approach do estrangeiro que aborda brasileiras querendo tirar foto:

- Hi.We’re from Canada and my friend would like to take a picture with you!
Empunhei meu celular e dei um sorriso humilde...
Elas estavam hesitantes, mas acabaram cedendo:
- OK. He can take a picture with us…
Conrado Malaquias abraça o grupo enquanto eu faço o enquadramento perfeito...CLICK………FLASH…………
- Thank you, girls! – respondo eu empolgado.
- Where are you from? – Pergunta uma delas intrigada.
- We are canadians...from Québec!
- Are you sure? – Percebendo que havia alguma coisa “diferente” com aqueles canadenses.

Elas voltaram a dançar. Não podia ficar só na foto...Tínhamos que aproveitar o momento! Conrado Malaquias se dirige a moça de ares intelectual:
-Hi, we just took a picture and we don’t even know your names…
A intelectual, reticente, acaba puxando duas outras amigas para lidarem com os dois bêbados “canadenses”:
-What’s your name? – Pergunta a amiga paulista
-I’m Terrence, and this is Phillip - respondo eu com convicção e apontando para Conrado Malaquias numa clara homenagem a personagens do distinto desenho South Park.
-Really?! So what are you doing here in Brasilia?
-We are staying at a friend’s house. We just came from Salvatore…Salvador, that’s right!- responde Malaquias demonstrando estrategicamente desconhecer como se fala Salvador.
- How lovely! You are joking with us, right? – Indaga a paulista ironicamente.
- Why? Why would we be joking? –Perguntamos espantados.
- Because I am an english teacher and your english suck! – Fala a paulista com ares de arrogância e vira seu corpo demonstrando ser a rainha da Inglaterra.
Entra no papo uma amiga pequena e simpática que tenta contornar a situação paulistana desnecessária.
- Sorry, guys. My friend has a little attitude problem...
- Definitely. How arrogant. Didn’t like her at all… - Digo eu um pouco emputecido.
-Yeah! I know! We gotta work on that…
- Are all brazilian women like that? – pergunto eu estarrecido.
- No! Just people from Sao Paulo and Brasilia.
- Are you from Brasilia? – Perguntamos.
- No! I’m not!
- So, that’s why you are chatting with us!
- Yeah! auhauhuahuhahua – She laughs!!!

Ficamos um bom tempo dialogando naquela conversa fiada em inglês e eventualmente ela acabou tendo que ir embora. No fundo ela sabia que éramos dois bon vivants, brasileiros mesmo, querendo curtir a noite. E se divertiu também...

Conclusão

A tática do estrangeiro é muito polêmica! Dependendo da qualidade do inglês e da atuação, pode ser uma escolha arriscada de estratégia de abordagem, mas acho que cumprimos bem nosso papel. Interessante notar, que num grupo há sempre a mulher simpática de bem com a vida, a que tem receio em falar com bebados e aquela que é a vaca do grupo e tenta cagoetar (o famoso COCKBLOCK) o sexo oposto. A paulista não captou a essência da brincadeira e se levou muito a sério...She was killed later in the evening...just kidding...I KIDD!!!
Para finalizar o post, dedico este trecho da música do poeta Cumpadi Washington para a Paulista que nos distratou diante da arquitetura magistral de Niemeyer em pleno canadian carnival...ORDINÁRIA!!!!!!!!!!!!

DISQUE TCHAN!
Pega no compasso
No passo dessa menina
Sei que é seu dom
Sei que é sua sina...
Ô, pega o gringo
Leva o gringo
Põe o gringo
Segura o gringo, bota o gringo pra sambar
Vem sambar aqui no Tchan,
Vem sambar
Vem sambar que é bom
Vem sambar aqui no Tchan

3 comentários:

  1. Que filha da mãe essa professora...Uma vaca mesmo, querido!
    Adorei!

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  2. Já passei por situação parecida, soh que eu disse que era professor de forró pra uma menina que realmente era professora de forró. Murphy não perdoa não.

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  3. ahuahauhau até o wolowitz comenta aqui, nossa!!!

    Vou te linkar lá no nosso blog. obrigada pela opinião.

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