Por Conrado Malaquias
Uma noite na balada guarda várias semelhanças com a rotina de uma selva (nunca morei em uma selva, mas já assisti Discovery Channel): temos os olhares pré-ataque, as danças à procura de acasalamento, a caça em si, e enfim, fêmeas que não desgrudam de seus respectivos bandos. O que nos traz à razão de ser deste post.
O macho mais retraído ou que não está em estado etílico avançado pode se sentir intimidado ou mesmo desencorajado para abordar grupos numerosos (vide Homem ao Mar). E é nessa hora que tem de entrar em cena o WINGMAN, ou como este blog irá abrasileirar, o CO-PILOTO.
A importância do CO-PILOTO, como pude constatar nas minhas observações pelas baladas, é muitas vezes sub-valorizada. Os caras chegam sem ter objetivos traçados, um cortando o outro, nenhuma tática para neutralizar a WINGWOMAN (no caso delas, geralmente é a mulher menos atraente ou mais de mal com a vida do grupo que impede a felicidade alheia) e o resultado geralmente é um só: COCKBLOCKING, ou seja, piloto e co-piloto acabam se atrapalhando e ninguém pega ninguém.
Para evitar tais problemas, existem alguns mandamentos desse fascinante sistema que todos nós homens deveríamos saber. O primeiro e mais importante é que o cara que se presta a ser CO-PILOTO está se auto-sacrificando momentaneamente. Seu objetivo principal será ajudar seu amigo, o PILOTO, a completar sua missão, entretendo o grupo de amigas chatas e não-atraentes, enquanto ele se concentra em seu alvo principal. Faça isso por ele e na próxima ele fará por você. E se quem sabe, o grupo tiver mais de um alvo interessante, o CO-PILOTO, após ajudar seu companheiro, poderá se dedicar integralmente a este alvo.
Outra coisa importante é a boa química entre PILOTO e CO-PILOTO. Essa química é essencial para que sejam traçadas estratégias eficazes, como definição de alvos e tipo de abordagem (serão estrangeiros? Piratas? Alguma profissão exótica?) e para que após o approach seja feita uma avaliação de desempenho com as devidas críticas.
Eu e Leonardo Zelig, que tem sido meu co-piloto mais regular, recentemente temos nos organizado para estudar a complexa arte da CO-PILOTAGEM, suas ramificações e pormenores. Certamente no futuro próximo haverão mais posts nesse blog com nossas conclusões sobre o assunto. Mais por ora, o importante é lembrar: não seja egoísta, faça um bom trabalho por seu piloto hoje que ele fará por você amanhã.
Fontes e leituras complementares: