segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O Maravilhoso Mundo das Panelas Velhas.


Por Conrado Malaquias

Pode-se até discutir quando começa: para os freudianos, já no ventre da mãe, símbolo original de apoio, carinho e intimidade; para alguns, se dá com a figura da professorinha, ser humano intelectual e recatado, ao qual se deve máximo respeito na sala de aula, mas também ser humano que com aqueles óculos e mãos sujas de giz, serve de matéria prima para as fantasias ''after class'' mais cabeludas; para os retardatários, comeca com os gloriosos videos do já lendário MILF HUNTER.

O fato é que todo homem de bem já teve ou terá fantasias com uma mulher mais velha. Pode ser a mãe gostosa do amiguinho, a professorinha da 7 serie ou a chefe do estágio. Alguma variação dessas confere na sua lista mancebo, eu sei.

E por que? Por que nao nos contentamos em buscar uma garotinha jovem com "tudo em cima"? Elementar. Além do desafio que uma coroa com uma profissão "respeitável" representa, a falta de frescuras é um atrativo e tanto. Veja, elas ja passaram da fase em que bolsas e sapatos definiam seus principais interesses; de que provar um vestido novo era maior garantia de orgasmos do que ir a um motel com o namorado; de que ir ao cinema e tomar um sorvetinho é considerado mais digno do que uma felação em algum estacionamento obscuro da cidade.

Hoje, tudo o que elas querem é um singelo pênis para alegrar sua noites solitárias de verão. E eu estarei lá, com Sergio Reis como minha testemunha, para desempenhar este glorioso serviço. De corpo, alma e ereção.

Portanto, eis a minha homenagem para todas as coroas (todas as duas) que ja cruzaram o meu caminho e para todas que já deram uma chance para a pegação entre gerações. Essas sim, mulheres de bem que sabem o que querem. Obrigado.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Desempregado na balada.



By Leonardo Zelig


Uma generosa parcela da população brasileira enfrenta um problema que faz parte do cotidiano tupiniquim há decadas, o desemprego. Muitos falam da falta de oportunidades, outros da falta de qualificação, mas ninguém aborda o dia a dia do desempregado. Existem uma série de fatores que o desempregado tem que administrar durante sua via crúcis em busca de um emprego, como aquela sua tia querida que sempre questiona diante da sua familia inteira se você está trabalhando ou quando seu pai suspira e sussurra triste: “Você já é um homem e não trabalha...Que decepçao...”.

Irritações a parte, o desempregado ainda se aventura a ter vida social às vezes...No meu caso, frequentei alguns lugares aonde abordava a garota e depois de uma conversa banal o papo sempre direcionava para a “pergunta soco no estômago”:

-Você faz o que da vida?

Nocauteado, como o famigerado Vitor Belfort, sempre rolava aqueles milésimos de segundos aonde eu procurava no hard disc cerebral qual seria a resposta mais satisfatória para tal questionamento:

- Sou médico.
-Sou Relações Públicas.
-Sou ator e trabalho na “Malhação”.
-Sou trapezista.

Aprendi na minha modesta experiência de vida, que nesse momento você está fazendo o seu marketing pessoal pra garota. É a hora de vender o peixe, e o peixe, no caso, é você...Romário que o diga.
Falar que você é desempregado corresponde a um tiro no pé, dizer que é estudante não cola e ser evasivo só vai instigar mais ainda a guria a perguntar coisas sobre sua vida profissional (que não há). Uns aconselham a falar “Estou estudando umas propostas bacanas aí” e outros recomendam o manjado “Sou empresário”. No entanto, até os empresários estão sujos devido a maus elementos que se apoderaram da classe empresarial, vide ex-bbbs e a Geisy Arruda.

Abrir o jogo não é fácil, por isso acredito que a bebida sempre traz uma resposta criativa na ponta da língua. Daí vai desde “Sou autônomo” até “Sou baixista da banda do Jorge Vercilo”, como meu amigo Conrado Malaquias profere de vez em quando a seus alvos femininos.

Sempre me recordo do personagem hilário George Constanza, da série fenomenal “Seinfeld”, que costumava inventar para suas paqueras ou que era arquiteto ou que mexia com importação/exportação. Elas quase sempre caiam...Na balada, pra conquistar uma possível ficante, vale ser original e dar a volta por cima. O problema é quando a ficada tem potencial pra se estender para o mundo real, aí o trapezista cai do trapézio, o ator de Malhação é demitido e o empresário declara falência.

Mundo cruel esse...