By Leonardo Zelig
Nos últimos tempos, tenho me deparado com uma espécie curiosa de mulheres brasilienses: as concurseiras. Ocupantes de cerca de 70% a 80% das cadeiras dos cursinhos de Brasília, lá estão elas, faça sol ou faça chuva, prestando atenção nas aulas de Regimento Interno e afins! Geralmente vivem integralmente pra estudar, andam pra lá e pra cá com Vade mecum debaixo do braço, possuem pavio curto e diante de qualquer barulho dentro da sala de aula, que não seja as competências do STF, proferem o infame shhhhhhhhhhhhhhhhhhhh.
Interessante notar, que num ambiente tão diversificado de cursinho (evangélicas, patricinhas, alternativas, aposentadas e MILFS), todas parecem se uniformizar nos temas de conversa, pelo menos durantes os dois meses que antecedem a prova do concurso. Então, é muito comum captar conversas desanimadoras dessas mulheres do tipo:
- Gente, vocês viram que a prova corre o risco de ser adiada? - Assustada
-Sério?? - Espantados
-Seríssimo! - Veementemente
Ou
-Ontem resolvi 1500 exercícios de constitucional! – Gaba-se a patricinha orgulhosa.
-Parabéns!!!! – Anima-se a concorrente que gostaria de vê-la enforcada.
Durante algumas aulas, pude ter a oportunidade de me aproximar dessas concurseiras xiitas para avaliar e entender o que as move. Muito sérias, parecem estar constantemente sob efeito letárgico, quase nunca brincam e a única ação/emoção que as interessa é ir na coordenação queixar-se de algum professor mequetrefe. Pergunto-me: Como essas mulheres tem prazer?
Súmulas do STJ não podem funcionar como afrodisíaco, certo? Tampouco, assistir aos programas da TV JUSTIÇA aos sábados não deveria causar orgasmos múltiplos no sexo feminino, correto?...Não deveria, mas começo a achar que há grandes chances de causar.
Certo dia presenciei uma garota queixando-se da quantidade de gente acomodada que havia no serviço público. Ela, toda animada, dizia ter interesse em desenvolver o chamado CONCURSOTERRORISMO, que consistia em explodir repartições públicas espalhadas pelo Distrito Federal para matar os servidores públicos e consequentemente abrir mais e mais vagas em concursos públicos ao longo do ano. A galera chorou de rir...Com este tipo de humor fino e catastrófico, compreendi os anseios dessas mulheres: não é um pinto ou uma bolsa Vitor Hugo que elas querem, mas sim um cargo público ( não importa a remuneração!Elas querem um cargo para chamar de seu...).
Quanto a vida social ou sexual dessas mulheres obcursianas ou vestconcursianas, notei que é nula. Já pesquei inúmeros relatos delas contando como foi abrir mão do namoro de 5 anos para fazer sexo com a apostila de 500 páginas com mais de 2500 exercícios de direito administrativo. Ou uma outra senhora que não transava há 6 meses com o marido, porque alegava que qualquer horinha de prazer perdida com seu cônjuge, podia representar um ponto a menos na prova. SCORE!!!
Que Marcão, Ricardão ou Carlão que nada! As concurseiras estão interessadas nos atributos do CESPE, no dinheiro que a Fundação Carlos Chagas vai dar pra elas fazerem compras, nas viagens para Paris que a ESAF lhes garantirá e nos orgasmos que só uma boa FUDIVERSA pode dar. Estou CERTO ou ERRADO??
Interessante notar, que num ambiente tão diversificado de cursinho (evangélicas, patricinhas, alternativas, aposentadas e MILFS), todas parecem se uniformizar nos temas de conversa, pelo menos durantes os dois meses que antecedem a prova do concurso. Então, é muito comum captar conversas desanimadoras dessas mulheres do tipo:
- Gente, vocês viram que a prova corre o risco de ser adiada? - Assustada
-Sério?? - Espantados
-Seríssimo! - Veementemente
Ou
-Ontem resolvi 1500 exercícios de constitucional! – Gaba-se a patricinha orgulhosa.
-Parabéns!!!! – Anima-se a concorrente que gostaria de vê-la enforcada.
Durante algumas aulas, pude ter a oportunidade de me aproximar dessas concurseiras xiitas para avaliar e entender o que as move. Muito sérias, parecem estar constantemente sob efeito letárgico, quase nunca brincam e a única ação/emoção que as interessa é ir na coordenação queixar-se de algum professor mequetrefe. Pergunto-me: Como essas mulheres tem prazer?
Súmulas do STJ não podem funcionar como afrodisíaco, certo? Tampouco, assistir aos programas da TV JUSTIÇA aos sábados não deveria causar orgasmos múltiplos no sexo feminino, correto?...Não deveria, mas começo a achar que há grandes chances de causar.
Certo dia presenciei uma garota queixando-se da quantidade de gente acomodada que havia no serviço público. Ela, toda animada, dizia ter interesse em desenvolver o chamado CONCURSOTERRORISMO, que consistia em explodir repartições públicas espalhadas pelo Distrito Federal para matar os servidores públicos e consequentemente abrir mais e mais vagas em concursos públicos ao longo do ano. A galera chorou de rir...Com este tipo de humor fino e catastrófico, compreendi os anseios dessas mulheres: não é um pinto ou uma bolsa Vitor Hugo que elas querem, mas sim um cargo público ( não importa a remuneração!Elas querem um cargo para chamar de seu...).
Quanto a vida social ou sexual dessas mulheres obcursianas ou vestconcursianas, notei que é nula. Já pesquei inúmeros relatos delas contando como foi abrir mão do namoro de 5 anos para fazer sexo com a apostila de 500 páginas com mais de 2500 exercícios de direito administrativo. Ou uma outra senhora que não transava há 6 meses com o marido, porque alegava que qualquer horinha de prazer perdida com seu cônjuge, podia representar um ponto a menos na prova. SCORE!!!
Que Marcão, Ricardão ou Carlão que nada! As concurseiras estão interessadas nos atributos do CESPE, no dinheiro que a Fundação Carlos Chagas vai dar pra elas fazerem compras, nas viagens para Paris que a ESAF lhes garantirá e nos orgasmos que só uma boa FUDIVERSA pode dar. Estou CERTO ou ERRADO??
meu amigo, cai fora desse ambiente!!!! 1. Nem tu e nem se tu junta mais 333.000 abaixo assinado não vai mudar isso. 2. Não perde teu tempo, procura outra turma. 3. Quando encontrar aquelas gatas bacanas afim de sexo, namoro, humor, familia e companheirismo Me Chama!!! abraços
ResponderExcluirKra, eu faço direito e vejo isso na pele, e o pior não é esses parasitas, mas o curso de direito se tornou curso tecnico preparatoria pra concurso!!!!!!! não é por nada não, maS minha mãe é concursada e o que esse povo inteiro busca é estabilidade um eufimismo pra ficar coçando o resto da vida atrás de um balcão, povo acomodado issO Sim, eu tenho calafrio cada vez q eu escuto um profesSor falar que tal assunto cai muito na prova do caralho de asa, q odio, eu Sempre aproveito cada chance de falar mal de concursO, concurseiro, deus e religião e eSsaS besteiraS modernas e antigas =P
ResponderExcluirhahaha
ResponderExcluirmto bom v q isso aq nao tah morto ainda =)
Arroz.
Encontrei sem querer este blog e me deparei com este post. Logo agora, que estou a 4 dias de um concurso público para o qual venho me preparando mais ou menos assim como você descreveu. Abdiquei de muita coisa mesmo.
ResponderExcluirAchei até engraçado me enxergar em algumas situações que vc descreveu. Então, precisava comentar... mas não por isso, e sim para pedir que vc não generalize, porque:
1º. Ser concurseira não é prerrogativa (ou desventura) das brasilienses. Sou alagoana e estudo para concursos. Muito mais do que muitos moradores dos grandes pólos de cursinhos.
2º. Não faço cursinho. Inclusive, tenho certo preconceito com os bacharéis em Direito e congêneres que, depois de 5 anos na faculdade, precisam recorrer a isso para REVER tudo o que aprenderam (ou deveriam ter aprendido).
3º. Não sou séria e, tampouco, alienada. Sou brincalhona, palhaçona mesmo, mas entendo as frequentadoras de cursinho quando elas tentam ficar mais sérias e falam "sshhhhh" para aqueles que não querem o mesmo que elas. Afinal, estão ali, creio eu que pagando caro, para estudar.
4º. Essas mulheres buscam e têm prazer sim!! Obviamente não com as súmulas do STF e do STJ e nem com os programas da TV Justiça. Embora eu deva concordar que, faltando pouco tempo para o concurso, a vida sexual fica sim uma merda. A falta de tempo e o cansaço atrapalham tudo, não há como negar.
Por último, quero dizer que sou advogada a menos de um ano, formada também a menos de 1 ano e que quero passar em um concurso o mais rápido possível.
E digo mais... Fiz Direito por amor, entrei com 17 anos na Universidade Federal de Alagoas, e jamais enxerguei meu curso como curso técnico preparatório para concurso (como disse o cara aí de cima).
De fato, não é um pinto ou uma bolsa Victor Hugo o que eu quero. É muito mais que isso... Quero conhecer um homem que seja tão determinado e inteligente quanto eu (e gostoso tbm, porque eu sou filha de Deus), quero poder comprar tudo o que eu desejar (seja bolsa Victor Hugo ou não), quero poder viajar, mas, PRINCIPALMENTE, quero fazer o que gosto. Trabalhar com o que eu escolhi e ajudar as pessoas com o que eu sei fazer.
Vou prestar concurso no sábado para analista processual do MPU. É um cargo que me muito me atrai não só pela remuneração, que é razoável, mas porque eu estagiei no MPF/AL e gostei muito. Sendo que eu quero muito mais que isso. É apenas o início... Espero começar com êxito. :P
PS: Você está errado. Quem remunera os concurseiros que conseguem ser aprovados e nomeados não é a FCC, o Cesp ou a Esaf, mas sim a Fazenda Pública. ;)
Ah sim... agora é melhor eu ir estudar.
Cara Natasha,
ResponderExcluirGostei muito do seu comentário e reconheço que representei essa fase "concursanda" dessas mulheres de forma caricaturizada.Como sou observador, notei esses comportamentos se desenrolando ao meu redor.Foram impressões particulares, obviamente, potencializadas...
Eu também estou na luta por uma vaga no MPU e compreendo perfeitamente todos os aperreios daqueles que investem num objetivo desse nível.
Quanto a questão da localidade, sei que os outros estados, municípios também tem culturas de se preparar para concursos púbicos. Utilizei Brasilia porque sou daqui e porque vivencio diariamente a dinamica dessa indústrica de cursos preparatórios para concursos na capital federal.Sério, as pessoas vivem aqui só pra trabalhar e estudar.
O intuito desse post foi refletir como as relações sociais se desenrolam nessas fábricas de concurseiros do Distrito Federal. As pessoas, de fato, ficam bitoladas a ponto de não tolerarem muita brincadeira. Porém, acho o humor fundamental em todos os campos da vida, inclusive acredito que um professor bem humorado, que sabe a matéria, pode ajudar muito mais do que um técnico sério e profissional que não abre espaço para espontaneidade ou para arejar o cérebro daqueles que o escutam durante 4 horas num Domingo de manhã.
Hoje em dia, é uma tarefa árdua passar em concurso público e requer sacrifício de muita coisa na sua vida. Espero que todas essas mulheres que praticam "sexo" com seus livros do Pedro Lenza ou os caras que trocam suas namoradas pela Di Pietro consigam alcançar seus objetivos.
Te desejo toda sorte do mundo no sábado, Natasha!Depois retorne ao blog pra avisar que você foi empossada,ok?
PS.: Eu sei que quem remunera não são as bancas que preparam as provas de concurso público, mas essas instituições me parecem endeusadas pelos concurseiros. A primeira grande batalha se dá contra o CESPE, ou FCC. Enfim, é vencendo elas que se tem acesso a remuneração mensal( já em exercício) do seu cargo no MPF no fim das contas, por exemplo.Por uma questão humorística, também, resolvi fazer um trocadilho com elas.
Bons estudos.
Leonardo Zelig
Genteeeeeeeeeee, é uma piada e como toda piada, esta prima pelo exagero ( e até que não tem muito viu, lamentavelmente ) . Morri de rir, tenho tdh e vivo espalhando aos cinco ventos. Não, não é bonito, é , no mínimo, uma desculpa pelo meu comportamento rsss...
ResponderExcluirSou de BSb e descobrir esse bolg , hj! E gostei muito!
ResponderExcluirMantenho minha posição, o que as pessoas procuram é acomodação, estabilidade Salarial, bom, Se contentar com pouco, mas porque não arriscar na advocacia por exemplo e correr o 'perigo' de ganhar em uma ação oq os concurseiros passam a vida para ganhar?
ResponderExcluirMuitos aprendem a gostar do que fazem, com o tempo fica feliz em trabalhar em protocolos de miniSterios por ai, receber petições e bater o carimbo, as peSsoaS realmente com o tempo aprendem a gostar do que fazem, ganha um Salario baixo, por que meus amigos, pode ser 15 mil por mes, isso é baixo, vc vai ser classe média, almeje Ser clasSe alta, não Se contente com o minimo, vcs só tem uma vida para viver, não disperdicem ela em um emprego do qual estão apenaS lá pelo dinheiro...
ahhh e ao pessoal do blog, eu visito aki diariamente, sempre buscando novos posts, adoro a linguagem, e já recomendei a várias pessoas, oq falta msm é marcarem uma cervejada com os leitores pode ser no piaui da vida mesMo uhahuauha sou fã
ResponderExcluirLeonardo,
ResponderExcluirQuando li o post fiquei com raivinha mesmo. Mas, agora, lendo a tua resposta, e relendo o que escrevi, me achei meio antipática até... Pareceu aquele povo besta que não entende piada. E vi que vc não é um babaca. =P
É claro que humor tem que exagerar e não pode ser bonzinho, senão perde a graça. Mas é que me deu uma sensação de generalização, sabe? Fiquei doooida logo quando li.
Enfim... boa sorte pra você também! Por mais que se tenha estudado, acho que ela é fundamental. Vc viu a concorrênciaaa? Coloquei pra Brasília, inclusive! Aqui em Maceió foram só duas vagas e demora uma eternidade para chamar. Resolvi arriscar nas 46 de Brasília, onde a rotatividade deve ser maior.
Bom... Se eu passar numa colocação que dê pra ser chamada pelo menos em 2012, volto aqui pra pedir dicas sobre como se divertir num lugar onde a maioria das pessoas só pensa em trabalhar e estudar. ;)
Desculpa o stress. Deve ter sido a TPM.
kkkkkkkkk!Acabei de descobrir teu blog e amei.Inclusive, já quase(quase, ja que as nomeações não começaram) tenho o cargo pra chamar de meu. To indo em outubro pra BSB fazer curso de formação e vou voltar pra pedir dicas de baladinhas candangas!=)
ResponderExcluirLaila
Adorei o post e o blog! Estou lendo tudo desde o inicio. Gostei do jeito que escrevem, da capacidade de rir de si mesmos, da descrição das situações mais inusitadas nas baladas. Continuem escrevendo! Ah, já pensaram em fazer um podcast?? Acho que ia ser muito comédia!
ResponderExcluirShosanna
Cara, muito comédia o post!
ResponderExcluirDigo como concursado, trabalho na Receita Federal, e o período de reta final é foda mesmo.
Apenas não posso deixar passar que sim, existem pessoas que escolhem ser servidores públicos para servir ao público, que não sentem necessidade de se tornarem milionários e que simplesmente gostam do que fazem.
E profissionais ruins/picaretas existem em qualquer serviço: advogado que cobra 50% do velinho em ação contra o INSS, que recebe o $$ e não avisa o cliente .... médico que esquece compressa ou tesoura na barriga do paciente .... e servidor público que não atende / trabalha com a dedicação que o cidadão merece.
A diferença é que empresas podem ser péssimas e continuar gastando os tubos em propaganda de que são ótimos (pense em telefonia por exemplo ...), mas o serviço público sempre será vidraça.
Graças a Deus o mundo é grande e há espaço pra todo tipo de vocação.
Parabéns mais uma vez pelo post, muito bom!