quarta-feira, 16 de junho de 2010

O Mistério de Dani Fusca

Por Conrado MalaquiasHá algum tempo atrás fui vítima de uma idéia vil, cruel e esquizofrênica, daquelas que só uma mulher desocupada poderia ter.
Uma “amiga”, Chiquinha, vivia comentando com Leonardo Zelig sobre como ela tinha curiosidade sobre a minha pessoa em relação às minhas atitudes com as mulheres: como eu chegava, papo, cantadas e coisas do tipo. Um dia, Chiquinha chegou para mim dizendo que uma amiga sua, que inclusive havia estudado conosco no ensino médio, era super afim de mim e havia pedido meu msn. Sem medo de ser feliz, autorizei o fornecimento de tal informação. O nome da amiga: Dani Fusca.
Dani Fusca supostamente estava morando em Goiânia no momento e cursando alguma ciência exata que agora não me recordo. Perguntei para ela porque nunca a havia visto no colégio antes, ao que ela me respondeu que era muito tímida e quase nunca saia da sala nos intervalos... Continuamos conversando, ela se mostrou muito simpática e uma bela de uma gatinha, a julgar pelas fotos que me mandava: loira, baixinha, olhos claros...tava muito fácil pra mim, logo, comecei a desconfiar.
Em uma das conversas virtuais, Dani Fusca me informava que estava vindo para Brasília e que gostaria de me ver. Passou-me seu telefone e fiquei de ligar. No dia combinado, então, liguei e qual não foi minha surpresa ao ouvir: ESTE NÚMERO NÃO EXISTE. Pois bem, fui questionar Chiquinha, que, naturalmente estava a par de toda a situação e me respondeu que Dani Fusca era muito, muito tímida e que era para eu não desistir, ter paciência com ela. Tá bom viu Chiquinha!?
Fui investigar essa história fétida. Perguntei a um colega dos tempos de ensino médio, que estudou na sala que Dani Fusca alegou pertencer, se ele se recordava de tal pessoa. “Nunca vi ou ouvi falar, e com essa descrição e com esse nome, eu me recordaria.” Muito convincente. Perguntei para mais umas três pessoas e ninguém nunca havia ouvido falar desta mulher. Um fastasma!
Até que um dia a coisa mais estranha aconteceu. Estávamos eu e Zelig estudando na biblioteca da faculdade quando passa por nós, ninguém mais ninguém menos que ela: Dani Fusca! Ou devo dizer, a mulher que aparece nas fotos que Dani Fusca me mandou. Fui relatar este interessante acontecimento para Chiquinha, que, sem se abalar e achando tudo muito normal, me diz que as duas (Chiquinha e a menina da faculdade) eram amigas e que ela é realmente muito parecida com Dani Fusca.
Sem paciência e já entendendo tudo o que havia ocorrido, preferi não entrar em conflito com Chiquinha. Poderia tê-la questionado sobre o imediato sumiço de Dani Fusca do msn. Poderia ter dito que posteriormente achei o Orkut da menina da biblioteca, amiga de Chiquinha, e que nele estavam as mesmas fotos que Dani Fusca havia me mandado. Poderia até, vejam vocês, ter entrado em contato com esta menina e avisá-la que estavam usando as fotos dela como se fossem de outra pessoa, e claro, mencionar também que sua amiga Chiquinha que havia me apresentado essa outra pessoa. Mas não senhores e senhoras, tive parcimônia e sabedoria para apenas me retirar discretamente da história deixando um telefone de ajuda profissional para Chiquinha...
Moral da história: mulheres, quando vocês forem inventar um personagem fictício e enviar fotos de uma pessoa real para infernizar a vida de algum mancebo, (sabe-se lá por qual motivo)certifiquem-se que tal pessoa não estuda na mesma faculdade que a sua vítima. =)

sábado, 5 de junho de 2010

A camuflagem feminina.

By Leonardo Zelig


Hoje não, querido, vim dançar com minhas amigas...
Tradução: “Desculpa, querido!Você é feio…Não dá...Desculpa”

Eu sou lésbica!
Tradução: "Puta que pariu!Você me causa ânsia de vômito...Saia já daqui!!"

Eu tenho namorado, querido!Não vai rolar...
Tradução:
“Garoto escroto!Você tem cara de ter pinto pequeno, ser pobre e assistir ao Faustão aos domingos!Ninguém merece...aff”

As frases acima são provenientes da dura realidade das baladas. Qualquer homem que sai na noite brasileira está sujeito a essas frases manjadas que as garotas utilizam para camuflar suas reais impressoes sobre aquele macho conveniente ou incoveniente que veio apenas trocar uma idéia.

Sempre no alto de seus saltos e com spray de pimenta estrategicamente posicionado em sua bolsa, as mulheres brasilienses proferem frases feitas montadas para dispensar os inúmeros rapazes que as abordam...Frases essas provenientes de um código de conduta passado de amiga para amiga pelo boca a boca. Dessa forma, lesbianismo, namorado no banheiro, dançar com as amigas ou estar muito gripada acabaram virando formas nacionais (ousaria dizer até internacionais) educadas de despachar o rapaz rapidamente.

A grande questão é: nós, rapazes, estaríamos preparados para a sinceridade feminina, caso elas não utilizassem formas sutis de dispensa?

O ego na balada tem de estar exposto a uma serie de ataques e confrontos quando você vai pra rua paquerar. Ele é definitivamente colocado em xeque a partir do momento que você pisa na pista de dança. E a verdade é que se você não tiver preparado para olhadas feias, cara de nojo e maozada na cara, você é um homem morto!

Por mais que saibamos que a garota nao é lesbica ou que o namorado nao foi ao banheiro ( porque ele nao existe) é de certo modo reconfortante não enfrentar as impressões sobre você vindo de uma mera desconhecida. O tão frágil ego ficaria realmente abalado após sucessivos ataques a sua beleza, ao seu nariz grande, ao seu papo ruim ou a sua falta de pegada.

No entanto, surgem também aquelas garotas com a política de não ficar em balada, seja porque nao sabe quem o rapaz beijou antes ou porque acha sem sentido ficar por ficar. Nunca saberei se esse é mais um procedimento de pé na bunda, ou se realmente há garotas genuinamente com tal postura na noite (pelo menos até pintar Brad Pitt querendo beijá-las). A conferir...

Talvez devessemos encarar essas sutilezas femininas como uma forma carinhosa de tratamento, afinal a realidade nua e crua quase sempre pode nos chocar!Como certa vez uma garota me disse:

“Vai tomar no ..., filho da puta!Acabei de ser chifrada e to com ódio de homem!Sai daqui!”

Saí de cabeça erguida a procura da próxima lésbica gripada com spray de pimenta...