sábado, 28 de novembro de 2009

A Incendiária

Por Conrado Malaquias

No último fim de semana estive presente no festival Natura About Us, realizado na chácara do Jockey Club em São Paulo. Tirando a chuva no final do show, o conseqüente lamaçal e a companhia de Júnior Lima na área vip, foi um dia bem interessante. O local estava lotado de mulheres bonitas, os shows foram ótimos e eu possuía uma visão privilegiada do palco. Então, sem reclamações aqui.

Durante a maior parte do evento fiquei circulando pelo local prestando meia atenção aos shows de Lenine e Jason Mraz. Quando foi anunciado que Sting, principal atração da noite e único show que verdadeiramente me interessava, estava para começar sua apresentação, procurei um lugar mais a frente do palco possível.

Como um imã para atrair loucuras, é claro que fui parar ao lado de uma mulher que usava algo parecido com um sombrero mexicano florido e gritava a plenos pulmões que iria transar com Sting! (para quem quisesse e não quisesse ouvir). Ela era bem atraente e interessante, mas diante de seu forte desejo pelo músico famoso e multimilionário que estava ali a nossa frente, calculei que minhas chances não eram muito altas e resolvi me concentrar apenas no espetáculo.

Porém, não pude deixar de notar como a moça em questão foi continuamente abordada durante todo o show por caras que usavam pequenas variações de “Beleeeeza minaaaa!? Bonito seu chapéu ein meeeu!”, os quais ela prontamente rejeitava. Lá pela 6ª abordagem, escuto ela dizendo “blá blá blá porque eu to com ele ali” apontando para minha pessoa.

- E ele luta jiu-jitsu, né amor?
- Oi?

Sozinho, a noite, em um lugar estranho e chuvoso e sob olhares hostis, não sei de onde tirei a coragem para cumprir minha função de macho alfa, colocar meus braços ao redor da moça e responder:

- É isso aí amor, jiu jitsu, claro!, intimidado e com um sorriso amarelo de canto de boca, tentando mostrar a todos que tudo não passava de uma singela brincadeirinha.

...

O show transcorreu tranquilamente, tanto pra mim quanto para a incendiária ao meu lado, que, não tendo sido mais incomodada pelos manos paulistas, assistiu a tudo com uma imensa cara de satisfação (mesmo sem ter transado com Sting!).

Despedi-me dela sem causar alvoroço e enquanto me dirigia para a saída, ainda notei que os olhares hostis estavam lá.

Tudo bem, a miss sombrero usou do artifício que possuía para não mais ser incomodada e assistir ao show em paz. Mas daí a me fazer um lutador jiu-jitsu? Não faço exatamente o tipo, se é que me entendem! O que rolou ali, creio eu, foi uma boa dose de vaidade, com ela no centro de toda a comoção, sendo cobiçada por vários machos e um pseudo-lutador de jiu-jitsu como protetor.

Fato é: mulher adora ver o circo pegar fogo, mas não foi dessa vez!

5 comentários:

  1. Nem é.
    As vezes ela tava afim apenas de curtir o show e imaginar a noite com o Stng.
    No guys, entende?
    Talvez ela tenha notado que você quisesse o mesmo (menos a parte do Sting, I hope). E daí jogou essa lábia pros Zés que chegavam nela.
    Sério mesmo! ;)

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  2. Eu falava:

    "eu? ta louca? sai daqui..."

    =)

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  3. Ja me aconteceu algo parecido... isso parece super normal.

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  4. Odeio mulheres assim...sao uma desgraça para nosso genero...Mulher bandida!

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  5. hahhahaahahahah mas que foi engraçada esta cena foi, hein!

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