Por Conrado Malaquias
Conheci a moça, que aqui vou chamar de “Juliana”, em um dos famigerados bares da cidade, que aqui vou chamar de “Então”. Ela era muito simpática e sorridente. Conversamos e demos risada. A reciprocidade era clara. Mas como ela era um pouco mais jovem e estava acompanhada de uma amiga – que prestem atenção, dessa vez não era nenhuma gordinha cockblocker, pelo contrário, era também, muito bonitinha e gentil – insistia naquele esquema fresco “não posso abandonar minha amiga” e a única coisa que consegui naquela noite foi um mero Orkut...TRABALHA INFELIZ!!!
Então...eu trabalhei. Senti que essa valia a pena. Adicionei no Orkut, deixei scraps espertinhos e maliciosos e consegui o MSN. No MSN conversávamos sempre durante horas, eu fazia ela rir, ela me fazia rir, era tudo muito lindo...Até que depois de muita insistência consegui o bendito telefone!
Combinamos então de sair. Só que eu não podia buscá-la e nem deixá-la em casa, sua MÃE fez esse trabalho todas as duas vezes que a gente saiu. Achei isso muito estranho, porque como eu disse, ela era mais jovem, mas não tanto assim. Mas enfim, voltemos ao date...Fomos a um lugar chamado Pontão. Tomamos aquele suquinho, conversamos sobre miudezas e fomos apreciar a bela vista do local. Mais conversinha, olhares e...PEI!!!Fechei o negócio. Ficamos lá no bem-bom durante um bom tempo até que sua mãe liga e avisa que já estava no local. ¬¬ Nos despedimos e fiquei de ligar pra ela.
No dia seguinte, rolaram mensagens do tipo “adorei a noite ontem” e um princípio de paixonite começava a aflorar.
Combinamos então nossa segunda e completamente inesperada derradeira saída. Cineminha. Conversamos miudezas, rimos, pegação, blábláblá...enfim, tudo na mais perfeita normalidade. A sessão começa, rolam uns beijos pré-filme que são abruptamente interrompidos e ela me dispara essa:
- Conrado, eu preciso confessar uma coisa: eu tenho pensado em outra pessoa e estando com você, não acho isso correto...
E cai em prantos ainda durante os trailers. Ok, o clima para filme acabou de desaparecer, então a convido para conversarmos lá fora. Pergunto então:
E cai em prantos ainda durante os trailers. Ok, o clima para filme acabou de desaparecer, então a convido para conversarmos lá fora. Pergunto então:
- Juliana, este rapaz...é um ex- namorado? Por quanto tempo vocês estiveram juntos?
- Não, não...a gente ficou durante dois meses...há 1 ano atrás.
...
PÁRA TUDO! CRAZY ALERT!
Achando tudo muito estranho eu a indago:
- Juliana meu bem, 1 ano atrás? Você tem certeza que essa não é uma tática muito criativa para dar o fora em alguém?
Ainda chorando copiosamente ela responde:
- Não, eu juro! Se fosse só isso era só eu não ter aceitado sair com você!
- Juliana meu bem, 1 ano atrás? Você tem certeza que essa não é uma tática muito criativa para dar o fora em alguém?
Ainda chorando copiosamente ela responde:
- Não, eu juro! Se fosse só isso era só eu não ter aceitado sair com você!
Good Point.
Enfim, conversamos mais um pouco e claro, a mãe chegou para buscá-la.
Poderia ter ficado bem puto, mas o sentimento era mais de choque que qualquer outra coisa. Afinal, o que pensar ou fazer quando duas pessoas aparentemente estão se dando muito bem e se divertindo e não mais que de repente, acontece uma coisa dessas?
Não é uma grande palhaçada?