Aqui estou eu em Wellington, Nova Zelândia tentando descolar umas gatinhas estrangeiras. A experiência tem sido muito interessante, até então, pois estou tendo a oportunidade de analisar de perto as semelhanças e diferenças da cultura de balada e pegação estrangeira com a brasileira. Eis algumas das minhas observações até agora:
Levemente decepcionado com as nativas. Antes de vir pra cá, assisti a este documentário. Obviamente fiquei animado com a suposta promiscuidade da mulher kiwi. Porém, esse comportamento aparentemente não se aplica às neo-zelandesas de Wellington. Elas se vestem levadamente – decotão e saia muito, muito curta – dançam na pista como loucas, mas na hora que o mancebo vai chegar rola o tradicional: “I just wanna dance with my friends!” ou a versão inglesa do aff: “I don`t think so!” Parecem até as mulheres de...oh meu deus...BRASILIA!!! NAAAAAAAAAAAAAAO!!
Conversar pra que? Felizmente, nem tudo esté perdido. Wellington é uma cidade que tem gente do mundo todo e, digamos, o povo da Europa é muito animado. A galera vai pra pista, se esfrega um no outro até não poder mais, olha no olho e pimba! Negócio fechado. Sem conversinha, sem caô, No regrets/ Just love. Observei essa situação ocorrer pelas baladas daqui algumas vezes e, sério mesmo, nenhuma informação foi trocada: sem nomes ou perguntas como "da onde você veio?Pra onde você vai?O que você faz?", nada disso. O lado ruim dessa historia é a facilidade para espalhar DST`s, mas com isso a gente se preocupa depois!
A dificuldade do molejo brasileiro no estrangeiro. Como não é possível estar 24 horas por dia em boates barulhentas convivendo com horny européias, ás vezes você tem que abrir a boca e convencer a gatinha ali, na lábia. E ai, a coisa complica. Considero meu inglês altamente satisfatório e não tenho nenhuma dificuldade em me comunicar, porém, sinto que para esses assuntos do coração, a língua de Shakespeare pode ser muito bonita e romântica, mas não tem aquela essência safada, maliciosa da língua do MC Catra. “E ai, princesa...vamo ali?”, “Tá demais hoje em gata?”, “ô la em casa!” e outras pérolas da cafajestagem brasileira não soam tao legais quando traduzidas para o inglês. Uma pena.
Transar em inglês é muito legal! Nunca tinha nem ficado com uma estrangeira antes dessa viagem. Com a barreira linguística ja mencionada acima, estava já me entristecendo com a possibilidade dessa pequena aventura terminar sem relações sexuais envolvendo este pobre mancebo. Mas ás vezes, meus amigos e amigas, a vida sorri pra você. Conheci a gatinha por ai, conversamos, tomamos alguns drinks, ela tava na minha, eu na dela, e pronto, negócio fechado. Como todo homem de bem, sou um grande entusiasta da escola pornô de cinema, imaginem então a minha felicidade ao ouvir aqueles tao familiares “fuck me”, “right there”, “oh, that`s good” e etc. Foi legal.
Por enquanto é isso. Algumas vitórias, muitas derrotas, mas sempre seguindo em frente. A experiência está sendo válida e enriquecedora, e tenho muito a agradecer Brasilia – uma cidade de nível hard – por isso. Nenhum toco vai me fazer parar. Afinal, não é nada que eu já não tenha ouvido before! Cheers!