quinta-feira, 27 de maio de 2010

Motel não é Lugar DE Comer!

Por Conrado Malaquias

Estava eu conversando estes dias com uma colega de trabalho que me contava sobre suas peripécias amorosas do fim de semana.

Ela e seu namorado de décadas haviam ganhado cortesias de um motel da cidade, uma daquelas promoções “pague 4, foda 8”, ou em linguagem de motel, “pernoitar”. Lá foram eles então aproveitar pra sair da rotina e apimentar a relação.

Foi escolhida a madrugada de domingo para a aeróbica do capeta, e de lá, o casal havia combinado que iria direto para seus respectivos trabalhos/faculdades. Portanto, teriam de ir preparados com mochilas, vestimentas apropriadas e marmita(??) pra começar a batalha da semana que se iniciava.

Depois de encerradas as atividades, banhinho tomado e devidamente vestidos, retiraram o carro da “garagem” e se dirigiram àquela infame cabine (momento interessante, pois se tiver fila, você, ao mesmo tempo em que se esconde pra não ser reconhecido(a), olha discretamente para os carros da frente e de trás esperando dar o flagra em alguém...o que, infelizmente, nunca acontece) para quitar as contas e depositar a chave do quarto. Enfim, procedimento padrão ao sair de um motel, certo? Não dessa vez...

Recepcionista invisível do motel:
- Queridos, alguém esqueceu uma marmita na geladeira do quarto, imagino que seja de vocês né? Querem que alguém venha aqui entregar?

Casal com a cara no chão imaginando a cena que seria a empregada do motel se dirigindo ao carro com uma tupperware na mão:
- Err...então...pode deixar, eu vou lá rapidinho buscar. – Voluntariou-se a metade masculina do casal.

E assim, de cabeça baixa e marmita escondida debaixo da camisa, o mancebo retorna ao carro, encerrando a aventura de um jovem casal pobre e atrapalhado de Brasília.

Motéis, com todas as suas esquisitices e particularidades já são ambientes intimidantes por natureza. Portanto, keep it simple e não seja guloso: deixe a marmita em casa, pois a refeição já é garantida.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Um Chevette, três copos vazios e uma puta.

By Leonardo Zelig


O que fazer em Brasília num sábado a noite sem programas bacanas rolando na cidade? Assistir Zorra Total? Não...Foi ante essa indagação que eu, Conrado Malaquias e Dorival Pimpão decidimos arriscar um programa radical: um puteiro, daqueles de lap dance e dançarinas no cano.

Para procurar esse tipo de atividade não há área melhor do Distrito Federal do que Taguatinga, cidade para se aproveitar a vida em grande estilo dependendo do seu ponto de vista. Ela te oferece uma vasta opção de bordeis, boates country, festas três ambientes (faca, tiro e briga) e demais preciosidades.

Eis que chegamos num estabelecimento chamado “Brazilian Show” posicionado na pista principal de Tagua, O PISTÃO SUL. A casa de entretenimento adulto é dotada de letreiros gritantes em neon e um leão de chacara assustador na porta responsável por recepcionar os ilustres frequentadores da casa. De pronto, ele já recolhe os vinte reais da entrada e permite nosso livre acesso a um mundo de putarias. Logo na entrada, diversos cartazes anunciando dançarinas que julgo serem famosas como: Ludimila Boca de Veludo, Kauane e Raiane e Regininha Tremilique. Agora vai!

O ambiente era escuro e relativamente amplo. Algumas mesas colocadas estrategicamente ao redor de um palco com o infame cano no centro e diversas garotas safadas transitando pelo local em shorts apertados e vestimentas provocativas. Nós éramos três jovens sem grana a procura de diversão.

Os shows ocorriam de 15 em 15 minutos. As mulheres eram anunciadas com grande pompa em alto falantes gigantes e suas performances ocorriam ao som de músicas que iam de Phil Collins a Beyonce. Provocadoras, elas se despiam completamente e cavalgavam no colo de um ou outro espectador sentado nas mesas do local. Dorival Pimpão foi um dos alvos...Lucky Bastard!

Num dos intervalos, a prostituta de nome Juliana Mendes se aproxima de nossa mesa sem nenhum copo ou bebida sobre esta:

-Porra! Não tem nenhum copo na mesa de vocês?? Vocês são pobres? Aposto que não têm nem dinheiro pra botar diesel no Chevette fudido de vocês! Se vocês querem vir pra um lugar desses, pede pelo menos água com gás que aí pelo menos, nós, putas, vamos pensar que eventualmente vocês irão pedir whisky ou alguma bebida assim! Agora, se for pra chegar aqui, sentar e não pedir nada...Esquece! Nenhuma puta irá ao encontro de vocês, garotos!

-É mesmo? – Pergunto chocado e com o ego destruido.

-É sim! Eu vim falar com vocês, porque eu não sou de Brasilia e pra mim não importa se o cara tem dinheiro ou não nesse momento. Só quando vou fazer o programa que me importa, né? Mas, minhas colegas de Brasilia nem se aproximam quando veem que os caras não tem aonde cair morto e não são clientes em potencial.

Recuperado do balde de água fria e já digerindo a pobreza em meu âmago financeiro, comecei a dar papo para a atenciosa Juliana Mendes, que se insinuava, estimulava, dançava e tentava fazer o trabalho dela da forma mais honesta possível. Apesar da sinceridade sutil de elefante, ela demonstrava perícia na arte de seduzir, ora de forma putona, ora de forma devassa...

Ainda no ambiente saudável de putaria, debatemos entre nós como de fato apenas Juliana Mendes (natural do Maranhão) parecia nos registrar no local. Enquanto isso, nas mesas cheias de copos de whysky e de água mineral (com gás) havia alta concentração de garotas, que inclusive estavam a ponto de transar ali mesmo! A conclusão foi inevitável! Até putas de Brasília nos menosprezam! E teve que aparecer uma prostituta proveniente do Maranhão, lugar de gente feliz, para dialogar conosco e acreditar no nosso potencial de possíveis clientes. Ela errou de qualquer forma...Pobre garota.

A noite terminou quando pegamos nosso chevetão e vazamos, sem esquecer, é claro, de parar no posto para colocar um óleo diesel no carro, afinal, correr riscos de madrugada com seu automóvel não é nada bom, né?

Life is a bitch!

terça-feira, 11 de maio de 2010

Será que Ela É?

Por Conrado Malaquias

Ah, que gatinha...rostinho lindo, corpinho show, moicano invocado, calça de soldado e....OPA! Moicano e calça de soldado? Como assim?

Sim, queridos leitores. Há alguns meses atrás me interessei por uma moça, bem bonitinha, é verdade, cujo visual dava toda indicação de que ela gostava de um pastel de cabelo. Porém, devido a nossas interações, sempre divertidas e cheias de piadinhas de duplo sentido, comecei a pensar que, talvez, ela também pudesse curtir um picolé de carne. Curioso que sou, parti pra investigar até onde iria a toca do coelho.

Geralmente, quando tal situação ocorre, é com mocinhas heterossexuais duvidosas da sexualidade do mancebo pretendido. Possíveis bibas escondem ou disfarçam melhor suas viadagens (tirando é claro, as devidas exceções), do que possíveis meninas-menino, que, ao se vestirem de lenhadoras e praticarem o ódio aos homens, não deixam margem pra dúvidas.

Esta moça, porém, era a famosa exceção da regra. Muito simpática, costumávamos conversar bastante sobre os mais diversos assuntos: faculdade, música, baladas... Eram sempre papos muito interessantes, mas ela nunca dava pistas claras sobre suas preferências (quer dizer, devido ao estado sempre crescente de seu moicano, sua preferência estava mais ou menos clara. A essa altura, me restava saber se esta preferência era ou não uma exclusividade). Eram sempre coisas vagas do tipo:

- Pois é, namorei dois anos e to na pixxxta agora,hehehe...
- Ah, é?? E...bem...tipo...vocês se falam ainda?
- Ah, a gente meio que se afastou, sabe como é né?
-Ah...e...e não deu pra manter a amizade?
- Não, não.

Durante semanas pensei em uma maneira delicada de perguntar: “Você pega homem também?”. Nada me veio. Até que finalmente a encontrei em uma festa. Não sei se fui eu ou a forte influência do álcool, mas rolou. Ela pega homens também!

Ou pegava. Semanas atrás a encontrei em outra festa e a abordei cheio de amor pra dar. Dessa vez, porém, não tive tanto sucesso: “Não rola Conrado. Agora só as gatinhas, hihihihi, desculpa!”. Não tenho como ter certeza, mas será que eu tive algo a ver com isso? Dei aquele empurrãozinho final que faltava para ela desistir dos homens pra sempre?

Enfim, conversão sexual é assunto para outro post. Sobre aventuras com moças de moicano e calças de exército, tenho duas dicas a oferecer: primeiro, certifique-se de que ela é, de fato, mulher. Segundo, não vá com tanta sede ao pote sem ter certeza de que ela gosta do que você tem pra oferecer, pois ficarás com cara de bobo quando for rejeitado por uma mulher que te deu todos os sinais que o negócio dela é o velcro. De resto, sem preconceitos e vai ser feliz!