sábado, 26 de dezembro de 2009

O que aprendemos em 2009

Caros leitores, agradecemos todo o apoio que tivemos ao longo desse ano de 2009. Um projeto que nasceu numa madrugada fria qualquer de Brasília, após mais uma noite de insucessos com o público feminino. A idéia: montar um blog no qual dividíssimos com o público os xavecos que você NÃO deve fazer numa balada. Em meio a zilhões de blogs pretenciosos, que tratam sedução e relacionamentos de forma séria demais, surge esse canal, aonde humor e sarcasmo se unem de forma desconcertante. Tivemos sucessos na noite, mas para cada sucesso passamos por cinco tocos. Então, porque não transformar esses tocos ou socos em material de blog? Fazer de um limão, uma limonada azeda, porém cômica!?

O Blog findou formando uma cartilha de nossos acertos e erros numa cidade seca e de nivel HARD no quesito conquista feminina. Aprendemos nesse ano que avisar que uma mulher parece com alguém famosa, pode ser uma faca de dois gumes; que a co-pilotagem pode tanto te ajudar como te atrapalhar na hora da chegada; que pernambucanos, por aqui, tem mais dificuldade de terem sucesso que nós brasilienses; que bancar o estrangeiro ou o pirata fake não cola; que são paulinos nem sempre são bem-vindos e que armlove e PPF são táticas arriscadas na hora de escolher sua parceira!

Antes de fecharmos de vez as cortinas, não podemos deixar de agradecer às meninas da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da Unesp de Bauru, por ter nos incluído em seu jornal ADOLESSÊNCIA. Portanto, um muito obrigado a Vivian Lourenço, Tássia Tieko, Laís Modelli e Mariana Zaia, jornalistas de futuro promissor! (e umas gatinhas!) Eis um pequeno trecho da matéria:

Com o objetivo de compartilhar aventuras e experiências na balada, como foras e ficadas, tem uma galera na internet que cria blogs.
Dois exemplos são o “Se ferrando na balada - insucessos de jovens à procura do sexo oposto” e o “Elas/Eles”.
O “Se Ferrando na Balada” (seferrandonabalada.blogspot.com) é mantido por um jornalista e por um advogado, ambos de Brasília, que utilizam os codinomes Conrado Malaquias e Leonardo Zelig, e também por eventuais colaboradores. “A idéia de começar o blog surgiu numa conversa entre amigos, enquanto compartilhávamos nossos fracassos em relação ao sexo feminino nas baladas. Decidimos usar o bom humor e compartilhar essas aventuras com todos”, afirma Conrado Malaquias.
Já o “Elas/Eles” (elaseles.blogspot.com) é escrito pela publicitária gaúcha Teresa Fur, por uma publicitária e estudante de Cinema e Línguas que identifica-se apenas pelo apelido de Agrilla, e há a intenção de trazer um homem para a equipe, já que o que fazia parte parou de colaborar com as garotas.
Elas explicam que criaram o blog porque os que já existiam mostravam o homem como cafajeste e a mulher como vítima. “Decidimos que o sexo feminino seria a protagonista da situação”, afirmam.
Afinal, quem disse que se dar mal com o sexo oposto
não pode ser engraçado?

Fechamos 2009 então dando boas risadas e alguns beijos na boca, mas fica a expectativa que 2010 seja um ano repleto de material cômico, com direito a situações seinfeldianas. Enfim, um ano pretty, pretty, pretty good! Contamos com vocês nessa empreitada, leitores! Tenham um excelente ano novo!

Equipe Se Ferrando na Balada

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

O "Outro" Sexo Oral

Por Conrado Malaquias

Algumas pessoas antes e durante o rala-e-rola sentem a necessidade de se expressar oralmente. Não, não estou falando daquele oral gostosinho que ocorre na região sul, estou falando de literalmente, falar, prática conhecida como Dirty Talking: “Ô vontade de te comer!”, “Como você é gostosa!”, “Já ta molhadinha, tá? (estilo Freddie Mercury Prateado)” e outras cretinices do gênero. Minha opinião e política é: cale a boca! Anule suas chances de disparar alguma besteira totalmente inadequada e concentre-se no trabalho braçal, bocal e pint....que são as atividades que realmente contam.

Poréeeeeem, é claro, se a sua parceira iniciar o diálogo sujo você deve estar preparado para não deixá-la em um monólogo. Deixar mulher falando sozinha é roubada em qualquer situação (embora, as vezes, extremamente necessário), neste contexto então, será no mínimo estranho!

Aviso, antes, que não estou em posição de dar dicas para ninguém sobre isso. Não capto a vibe, não entendo a mecânica, enfim, não sei mesmo como faz. A minha contribuição aqui será a de mostrar para os mancebos o que não fazer, para que assim possam se desviar de possíveis constrangimentos.

Minhas “habilidades orais” já foram requisitadas algumas vezes, principalmente por coroas (por algum motivo, elas gostam de saber com antecedência e detalhes o que será feito com o corpo delas), e meus 3 erros mais memoráveis foram:

- Dar aquelas respostas prontas e insossas como “não sou de falar, sou de fazer”. Você correrá o risco da moça achar que sua falta de criatividade no dirty talking se estenderá para a cama ;

- Ser muito genérico do tipo “então, eu quero fazer umas coisas com seu corpo aí, você sabe” parecendo assim que não sabia do que estava falando;

- Não identificar o nível de safadeza do papo. Enquanto ela no nível 1, falava de papai-e-mamãe, eu, já no nível 5, falava do frango assado invertido, causando nojo e estranhamento, encerrando assim qualquer possibilidade de estender minha noite acompanhado.

Enfim, o dirty talking pra mim tem funcionado como aquela prova de final de semestre que eu me iludo que nunca vai chegar, deixo pra estudar de última hora e nunca estou seguro das minhas respostas. Por isso mancebo, estude!! Revisar nunca é demais.


E para você leitor(a), qual é o pior 'crime' que uma pessoa pode cometer durante estes curiosos papos?

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Encoleirado!

Por Conrado Malaquias


Não importa o quão bem-sucedido, inteligente e articulado um homem seja. Se ele entrar em um relacionamento sem ter personalidade, pulso firme e sem rever alguns conceitos e crenças sociais sobre relacionamentos, ele irá, sem dúvida alguma, ser encoleirado. Acompanhem a estória.

Há algum tempo atrás, eu e meu chefe fomos para São Paulo a trabalho. Ele é um cara brilhante, possui mestrado, é concursado, já viajou o mundo e, apesar de jovem, já se pode dizer que é bem-sucedido na carreira. Porém, ele trouxe a esposa consigo, ou seja, todas as suas conquistas são automaticamente reduzidas a nada!

Chegamos quinta em SP e voltaríamos no domingo. O trabalho iria até sexta, então teríamos todo o fim de semana livre. Ótimo, pois no sábado eu estava planejando ir ao Morumbi, apoiar o glorioso tricolor. Convidei meu chefe, que prontamente se animou de me acompanhar.

O jogo seria no sábado ás 18h30. Como não ia a São Paulo há muito tempo, pela manhã fui passear pela cidade a convite do casal. E que surpresa! Todos os lugares que visitamos, lojas que entramos e porcarias que eles compraram, panelas, colheres e enfim, coisas de cozinha, foram escolhas e vontades DELA! “Tudo bem”, pensei, “mais tarde tem futebol”.

Voltando do passeio e a caminho do hotel, presencio um dos diálogos mais constrangedores da minha vida. Meu chefe, parecendo ter a metade de sua real altura, dirige-se timidamente a esposa:

“Então Rosinha, eu e o Conrado estamos querendo ir ao jogo mais tarde, tudo bem?”

Como um pequeno Buda, senhora da situação, ela, sem dizer uma palavra, apenas olha para ele com o semblante sério, e com a cabeça, acena que não, não está tudo bem.

“É um jogo tranqüilo amor, não quer vir com a gente?”

De novo, o sutil, porém mortal movimento se repete. Meu chefe, derrotado, então dirige a palavra a mim.

“Então Conrado, a gente vai conversar e eu te dou um toque, beleza?”

Já sabendo o óbvio desfecho da situação, apenas respondo “beleza, chefe, fico no aguardo”.

....

Já estou no estádio, confortavelmente sentado, o jogo prestes a começar, quando recebo a seguinte mensagem: “Conrado, não poderei ir ao jogo. Rosinha não está se sentindo bem e não quero deixar ela só. Um abraço”.




Lamentável. Quando um cara, mesmo depois de ter satisfeito todos os fetiches consumistas de sua mulher, não tem a liberdade de relaxar em um sábado a tarde, assistindo uma bela partida de futebol, é porque algo definitivamente está errado na relação. Este é apenas um exemplo de homem encoleirado deste Brasil. Se você, caro leitor(a), conhece mais algum exemplo, ou de repente, é um exemplo, conte-nos sua experiência!




Para melhor compreensão sobre como um homem se deixa chegar a tal situação ingrata e insalubre, recomendo a apreciação de 2 excelentes e esclarecedores filmes: Eles só Pensam Naquilo (Whipped) e Mulher Infernal (Saving Silverman). São histórias bem simples e parecidas. Amanda Peet, linda e sensual, em ambos os filmes, vira de cabeça para baixo a rotina de inseparáveis amigos, encoleirando suas vítimas, por puro e sádico prazer e sem muito esforço. Suspeito que sejam obras baseadas em fatos reais!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

A INDIVIDUALIDADE DAS MULHERES


By Leonardo Zelig

Não tenho o costume de freqüentar raves ou festas enormes no qual a única atração é um DJ internacional da moda. Mas, para fugir da rotina, decidi ir a um evento desse gênero para avaliar como funciona a interação homem/mulher em meio ao caos do batidão eletrônico de um DJ pederasta francês que esta na moda.


Ao chegar ao recinto me deparo com garotas de seus 18-19 anos. Pelo fato do evento ser “Open bar”, sabia que o ambiente seria de promiscuidade e de altas doses de loucura. Pois bem, lá pela terceira música famosa do maldito DJ (não consigo entender o porquê das pessoas pagarem caro para ver um homem em cima de uma mesa de som, mixando e manipulando músicas) a cena do local me remontava ao Inferno desesperador de “Ensaio sobre a cegueira”! Eram pessoas tateando umas nas outras porque não enxergavam nada bêbadas, outros vomitando em rodas de amigo, garotas desmaiadas em meio à pista de dança e a escuridão devastadora que recaia sobre o espaço mal iluminado. Éramos seres humanos reduzidos às atividades mais primitivas, quais sejam: comer, beber e transar.


Diante dos banheiros químicos frequentes nesses ambientes, avistei uma moça de seus 27 anos que estava só. Porém, o que mais me chamou a atenção nela era sua semelhança física com a atriz global Cristiane Torloni. Decido contar isso para ela:


-Olá, tudo bem com você? – Pergunto educadamente.
-Tudo bem!
-Eu tava por aqui e te avistei em meio à multidão. Você parece muito a Cristiane Torloni, sabia?
-Queeeeeeeeeemmmmmmm? – Pergunta ela cheia de dúvidas.
-Cristiane Tornloni!A atriz!Ela faz uma porrada de novelas. Super bonita, sofisticada...
-Eu não assisto novelas.
-Mas é de se espantar que você não a conheça. Mesmo quem não assiste novela sabem quem ela é!
-Não sei quem é.
-Não tem problema!Parecer com ela é um grande elogio de qualquer forma. Ela é uma mulher de personalidade, extremamente sensual, muito atraente... Que nem você!
-Muito obrigada, querido!Sabe, você foi o primeiro cara que me abordou de forma criativa!Os outros já chegam me pegando assim – Ela fala e demonstra com suas mãos em meu corpo como os caras chegam nela.
-OPA!OPA!ME ASSEDIANDO!!- Falo brincando.
-Que isso, querido!Você entendeu... hehe – Desconversa ela bem humorada.
-Fora não conhecer a Torloni, o que uma mulher interessante como você faz aqui sozinha?Você aprecia esse DJ maluco?
-Eu gosto, cara!É muito raro eu sair... Prefiro ficar em casa assistindo Boris Casoy.
-Que peculiar, Torloni!Devia sair mais então!
-Sabe, estou cansada desses programinhas de Brasília. São sempre iguais e um fracasso na maioria das vezes! Bem, o papo tá bom, mas vou voltar la pra perto do DJ pra ouvir minhas músicas preferidas. Aff...lá só tem casal!!
-Pois então, não quer voltar lá como UM casal? –Dou minha “cantada James Bond” pra cima dela.
-Puta merda, cara!Você chega muito bem!Até me arrepiei!! – Fala ela mostrando o braço arrepiado!
Então...hehe – Fico sem graça.
-Olha só!Eu acabei de terminar meu namoro e estou ainda fragilizada. Quero curtir um pouco minha individualidade, sabe?Entrar naquela multidão cheia de casais e ficar só!Sozinha apenas apreciando o DJ tocar... Você me entende?
-Sem dúvida!Tá liberada!Mas, antes me deixa seu contato!- falo eu já pegando o celular.
-Não pegue seu celular, querido. Se eu valer mesmo a pena você se lembrará do meu número de cabeça mesmo: 86473524263523425637353536237.


Foi nesta cena, muito semelhante ao fantástico filme Woody alleano “Match Point”, que terminou meu contato com Cristiane Torloni. Em busca de momentos de individualidade, a moça, como uma brisa sorrateira, me deixou de mãos abanando sem nem sequer me provar. Creio que a abordagem foi apropriada, ela gostou de meu papo, se arrepiou com minhas investidas, porém, assim mesmo, não foi o suficiente para que eu a ganhasse. As brasilienses são um enigma!Se você é troglodita, não serve, e se você é apenas o cara certo no momento certo elas querem curtir a individualidade delas...


Cristiane, Cristiane!Sempre tempestuosa e cheia de personalidade...Será que um dia poderei colar meus lábios em seus?