quarta-feira, 27 de maio de 2009

Táticas Falíveis

Por Leonardo Zelig e Conrado Malaquias


A idéia para este post surgiu depois de algumas conversas em rodas de bar e churrascos brasilienses regados a muita cerva, vodka e misturas estranhas. Nestas conversas foram reveladas algumas das cretinices que o jovem brasiliense está fazendo uso para conseguir interações mais íntimas com o sexo oposto. São relatos de técnicas moralmente, socialmente e eroticamente questionáveis (mas seus usuários juram que dão certo!). Acompanhe:


MATA LEÃO - Ou para os mais românticos, ARM LOVE. A técnica consiste em chegar sorrateiramente na dama desacompanhada e jogar aquele papo furado de entrada. Lá para o meio da conversa, se a dama se mostrar ‘indecisa’, aproxime-se cada vez mais e...MATTTA LEAOOOOOOOO!!!!


Com toda delicadeza do mundo, uma chave de braço é aplicada na garota, possibilitando ao macho um beijo forçado de um romântico desvairado. No inicio, você pode sentir as unhas da moça cravadas em seu peito, mas a dor dura só até ela se desmanchar em seus braços em um suspiro de amor. Lábios com lábios e corpos ardendo são algumas das características que o mata leão pode te proporcionar...ou senão, um chute no saco ou pepper spray nos olhos. The risk is yours, buddy!


ATAQUE SOVIÉTICO - Recentemente, uma garota me falou do ataque soviético, última moda na porta do Bar Caçapa de Taguatinga (cidade satélite de Brasília)...A brincadeira é realizada por pessoas que estão um pouco low on cash na balada e precisam ficar bêbadas com uma única garrafa de cerveja.


Consiste basicamente numa pessoa tapar a boca da garrafa da cerva, agitá-la com força considerável e posicioná-la na boca aberta da vítima. Uma vez posicionada, deve-se soltar o dedo e o que sair da garrafa devera ir direto para o estômago virgem do indivíduo. Eis o ataque soviético.

obs: GASES, MUITOS GASES!


P.P.F – Essa curiosa técnica é posta em prática depois que a primeira parte da missão da night é completa, ou seja, o negócio é fechado com uma garota. Depois, se ela aceita dar continuidade à noite fora da balada, mais uma das seguintes situações se apresentar,

- Não há lugar apropriado para a FINALIZAÇÃO (falta dinheiro para motel ou pais em casa)
- Paira no ar a dúvida se vai acontecer a FINALIZAÇÃO ou apenas amassos mais intensos,

faça uso do P.P.F, ou...Pau Pra Fora. Sim, é isso mesmo leitor. Ao invés de gastar preciosa energia tentando tirar as roupas DELA, tire as suas!

De acordo com os relatos que ouvi de usuários desta técnica, a prática serve também para economizar tempo e descobrir logo o ‘destino’ da noite, uma espécie de ‘ou vai ou racha’ cafajeste. Também me juraram que no mínimo, o P.P.F te garante um handjob. Ou isso ou um belo tapa!

Desnecessário se aprofundar nos riscos dessa tática, certo?

Assistam á um exemplo prático da situação, abordado pela melhor série de todos os tempos aqui.


E vocês leitores? Alguma pratica exótica que queiram dividir?
...


O Se Ferrando na Balada condena qualquer tipo de prática minimamente violenta ou que leve a algo não-consentido pela mulherada. Be nice!


segunda-feira, 18 de maio de 2009

Parabéns pra você? Acho que não...

Por Conrado Malaquias

Para manter o clima nostálgico iniciado por Leonardo Zelig, a interação deste relato ocorreu em uma daquelas saudosas festinhas de salão de festa-debaixo-de-bloco. (Não, eu não entrei bêbado de penetra em nenhuma festinha infantil, eu fui convidado e a idade dos presentes era condizente com a minha).

Logo na chegada, percebo que o esquema seria bem família: todos os convidados com seus respectivos conhecidos conversavam em mesinhas se esbaldando com coca-cola e fanta à vontade. “É...a noite vai ser longa...”, pensei.

Sentei, então, á mesa onde estavam alguns amigos, conversei sobre miudezas do cotidiano, estágios e faculdades. De repente, não mais do que de repente, quando eu já me conformava que a festa ficaria naquele “chove-não-molha”, uma bela mocinha, amiga da aniversariante, senta-se ao meu lado. Somos apresentados, e ela, além de muito bonita, demonstra ser também bastante simpática e espirituosa. Conversamos sobre diversos assuntos, corriqueiros e sérios, ela ri das minhas piadas estúpidas, eu rio das dela e tá tudo muito bom, tá tudo muito bem.

Aproveitando que o salão estava extremamente abafado, a convido para continuar nossa conversa lá fora junto de alguns outros poucos amigos e amigas.

O papo continuou muito bom, falamos bastante, até que já não havia mais dúvidas. Chamem do que quiser: reciprocidade, sentimento, vibe (minha preferida). O que quer que seja, estava lá. Era hora de avançar uma base. Sutilmente, mudo a pauta da conversa...

“Então...ta solteira?” (sentiram a sutileza?)

“Ah...rola um ficante...”

“E como é que tá essa história?”

“Ah...ta mais ou menos...”

“Mais ou menos né...”

É claro, na situação que nós dois nos encontrávamos, “mais ou menos” para mim significou “esse cara não existe, nunca existiu”. E julgando pelas reações seguintes, risinhos tímidos e olhares envergonhados, para ela também...

Poderia ter fechado o negócio naquele momento, mas a moça parecia estar tímida pela quantidade de pessoas ao redor que observavam nossa crescente intimidade. Compreensível. Para resolver o problema, atiro essa cretinice:

“Olha, eu vou ali atrás da pilastra ver um negócio...se alguém quiser me acompanhar...”

Ok, eu sei eu sei, nada engenhoso, esperto ou sensual, mas o que importa é que deu certo. Segundos depois, lá vem ela. Eu, encostado na pilastra, pego a sua mão, falo mais algumas besteiras, ela ri e eu pensando “é agora”, pego sua cintura e a puxo pra mais per...

“GENTE, É HORA DE CANTAR ‘O PARABÉNS’, VAMOS ENTRAR?”, grita a aniversariante.

Minha pretendente, que já estava tímida e agora também, um pouco constrangida, se apressa para seguir a instrução.

“É melhor a gente entrar, ta todo mundo olhando...”

“É, ta certo”, respondo, mas pensando sobre a aniversariante “FIAAAAAAAAAAAA DE UM RATO”.

Após toda aquela cerimônia, volto até a moça para conferir a nossa situação.

“Olha, tem muita gente aqui e eu tenho que ir embora, depois a gente conversa ok?”

...

Logo notei que ela era uma daquelas moças que são facilmente “influenciadas pelo ambiente” (assunto que já abordamos aqui). Ambiente pequeno, muitas amigas e desconhecidos olhando, elas se recolhem e se retraem. O problema é que nesta situação particular, a chance estava lá. Tivessem os acontecimentos se adiantado em 1 minuto, 30 segundos que seja, eu teria fechado o negócio. Mas como eu poderia prever que seria majestosamente COCKBLOCKED pela aniversariamente? Talk about timing, cena de filme de sessão da tarde...só posso concluir que não era pra ser, não naquela noite...

Agora, imaginem a minha sinceridade e satisfação cantando “parabéns pra você...”

sábado, 16 de maio de 2009

Novidade!(?)

Como somos moderninhos e prafrentex aderimos à modinha do twitter!

www.twitter.com/tocoblog

Ainda não sabemos para que serve exatamente, mas nos acompanhem lá! É de graça!

terça-feira, 12 de maio de 2009

Frankie goes to Hollywood!


By Leonardo Zelig.


Festas oitentistas sempre são divertidas, afinal é um momento no qual você pode se lembrar de como as coisas eram mais inocentes e divertidas com uma boa dose de nostalgia.O cenário kitsch propõe uma noite de curtição ao som de Hall and Oates e Huey Lewis and the news, nos telões cenas dos smurfs e sempre há a aparição surpresa de um ídolo oitentista, que no caso eram 2: KID VINIL E NASI.

Ambiente caracterizado, cabe analisar o seleto público da festa: moças de seus 30 e poucos anos, muitas vezes encalhadas, e casais. Confesso que eu e meus amigos fomos concebidos no final da década de oitenta, eu, particularmente, no ano de 86 – grande ano de Ferris Buller! Com o descompasso de idade dos jovens atacantes sedutores, em relação às gatas brasilienses originárias de final dos anos 70, tudo torna-se mais difícil...O nível do approach se eleva e não há muita enrolação!

Eis que estou lá breaking down com “thriller” e, logo, identifico uma loira mais velha na varanda da festa...sozinha...eu abordo:

-Tudo bem?
-Tuuuudo! – responde ela carinhosamente.
-Eu, aqui, dançando Michael Jackson e você parada?
-É!Eu estou cansada...Dancei muito já!
-Sério?E qual é seu nome?
-Kelly Mcgillis!Prazer!
-Prazer, Kelly!Meu nome é Zelig. Leonardo Zelig.
-E o que que você faz da vida? – (pergunta difícil para um universitário desempregado responder para uma trintona já estabelecida)
-Eu estudo Direito...sou universitário! E você? – pergunto receoso.
-Sou psicóloga! Tenho meu próprio consultório...

Neste momento, tudo fica tenso, já que você não pode competir economicamente e nem profissionalmente com a mulher. Para tentar conquistar a moça, você deve concentrar num papo cabeça, mais voltado pra maturidade...Tento:

-Sabe...eu estava reparando e você me pareceu ser psicóloga mesmo. Eu pude identificar um olhar clínico seu em relação à multidão.Você parecia examinar as interações alheias... – Indago Kelly acionando meu módulo psicólogo.

-É verdade, querido! Que astuto! Você parece ser um rapaz subjetivo e observador!

-Subjetivo! Sou mesmo...hehe...adoro o subjetivismo de uma relação...a complexidade...

-hahaha...sem dúvida! Que pena que estamos separados por uma década de experiência...senão poderíamos até dar certo!

-Ora! Só temos a ganhar com essa década de diferença...Não?

Eventualmente elas sempre dizem o que virá a seguir...

-Não, querido. Você é muito jovem para mim...um beijo! – Sai a dama acompanhada de sua amiga.

THE MAGIC ENDS...

A interação com mulheres mais velhas e estas associadas com a profissão de psicologia quadriplica o desafio da noite. Tentar conquistar uma mulher desse nível exige conversa refinada e total controle de seus hormônios. Eu tento criar uma persona meio inspirada em Frank Sinatra, seguro e sofisticado, mas nem sempre as mulheres compram a idéia, já que eventualmente sempre solto uma cachorrada que destrói tudo.

Bem, é o preço a se pagar por ser subjetivo demais.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Pra Quê?

Por Denílson McLovin


Depois de uma série de histórias de cunho sócio-psico-sociológico sentimentais, voltemos ao sentido primeiro de nosso blog: relatar a "arte", ou o que quer que seja, de SE FERRAR NA BALADA.


Decido ir para um tipo de festa que vem se tornando cada vez mais popular em nossa cidade: os churrascos (a maioria sem carne) universitários. Características: bebida liberada, música de baixa qualidade - o que significa empolgação do público - mulheres bonitas - em proporção semelhante à torcida rubro-negra em dia de final contra o Botafogo -, ingresso caro. Enfim, embora um pouco mais pobre, parecia caminhar para uma festa com vários ingredientes positivos.


Depois de certo tempo, me perco momentaneamente de meus amigos Dorival Pimpão e Gregory House, com os quais fui à festa. Nesse meio tempo, reencontro colegas que não via a muito, relembro tempos de infância, vejo situações engraçadas (=bêbados fazendo merda). Estava tudo perfeito, só faltava escolher a vítima. Depois desse pensamento avisto meus amigos, acompanhados de uma possível candidata.


Me aproximo de meus amigos e percebo que conhecia a moça. Vimos-nos uma vez em um aniversário de um amigo em comum. Lembramos de tal ocasião e engatamos o papo. De uma conversa entre 4 amigos, a prosa evoluiu para um 1x1 separados por alguns poucos centímetros. Ouvi sobre alguns dramas pessoais, falamos sobre assuntos diversos...Enfim, a situação parecia favorável.
Eis que toca o celular da moça. Após a rápida conversa, ela me fala:
- Denílson, vou ali na saída rapidinho para entregar uma chave pra minha amiga. Você me espera aqui? Não quero ficar sozinha nesse lugar! Eu já volto!
Esperar a gatinha um pouquinho...que mal tem né?
Depois de 15 minutos meus amigos me reencontram e perguntam sobre a moça. Explico a situação e eles concordam em permanecer no local comigo, esperando-a, afinal, ela já deveria estar voltando. Mais meia hora e nada...Não acreditando que alguém poderia fazer tamanha crocodilagem a outro ser humano, insisto ficar no local, mesmo sendo desencorajado pelos amigos (=zoado pelos amigos).
Bem, como vocês já devem ter percebido, ela não voltou. E mergulhando novamente nas questões de cunho sócio-psico-ideológico sentimentais deixadas de lado por alguns parágrafos, eu pergunto: O que leva alguém a fazer isso? Porque não simplesmente falar: "Olha Denílson, gostei de ter conversado com você, mas não vai rolar, tenho que ir embora."?
Alguém tem alguma explicação?